Sou, da vida, um sopro,
um suspiro que saiu
dos espasmos da minha mãe...
Mãe-Natureza,
Mãe-Mulher,
Mãe-Amiga.
Mãe-Natureza - deu-me forma,
Mãe-Mulher - deu-me a vida,
Mãe-Amiga - deu-me o Mundo...
O sopro voou,
fez brisas suaves,
vendavais violentos,
criou estações, sementes e frutos,
desenhou pensamentos,
construiu ilusões...
Se sopro fui, aragm serei,
não posso ficar parada,
acorrentada a subordinações.
O sopro é livre,
voa como o vento.
Eu sou a liberdade,
não a liberdade de acção,
mas a liberdade
de pensamento!
De Maria La-Salete Sá
De « Fragmentos de um Percurso Interior»
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