Pensa em mim.
E, mesmo que o pensamento seja fugaz ou fugidio,
tenta agarrá-lo o mais que puderes.
Então delineia o meu rosto,
procura recordar as minhas feições,
o meu aspecto,
o meu olhar.
Que vês? Que sentes?
Repara agora no meu sorriso.
Imagina um sorriso feliz e transparente.
Quero contagiar-te com ele.
Fecha os olhos. Para um bocadinho.
Que imagem ficou na retina desses olhos d'alma?
Tenta observar a minha saudade
e a minha nostalgia...
És capaz de sentir esta ansiedade
na contagem dos dias que faltam para o teu regresso?
Não. Com certeza não és capaz.
Nem tampouco de recordar o meu olhar,
o meu sorriso,
a minha saudade.
Que pena!
Pena, porque agarro todos os pensamentos
que me levam a ti,
procuro imaginar o que farás,
como o farás, como estarás...
Retenho o teu olhar azul e intenso
nesse sorriso profundo e brincalhão,
a forma como os teus olhos procuram penetrar dentro de mim,
o toque das tuas mãos,
os beijos fugidios e ao de leve no meu rosto...
E continuo a contar os dias...
Quanta saudade!
Quanta ansiedade!
De Maria La-Salete Sá (09/04/1996 18h 37m)
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