domingo, 29 de setembro de 2013

GOSTO ACRE



Hoje a vida tem um gosto acre
E um cheiro nauseabundo.
São ecos vindos doutros mundos
Que me contrariam a razão,
são subtilezas que se sentem e vivem
mas que não podem ser provadas,
são certezas
de certezas improvadas…

Hoje a vida tem um gosto acre
que me chega ao coração,
um cheiro nauseabundo
que reclama interiorização,
mas o meu consciente cansado
quer fugir ao designado,
quer dormir, ficar parado
na quietude da não-aceitação.

Hoje estou só. Desolada e incompreendida,
queria ser só matéria vegetativa
sem pensar no meu “eu infinito”.
Debato-me com o espírito
que reclama a compreensão
mas eu, a mulher dos sentidos
queria abolir (por momentos) o dever
da caridade e abnegação…

De Maria La-Salete Sá (18/02/1989  00:40h)



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