As palavras deste
silêncio que me sufoca
gritam dores,
espasmam tormentas
fechadas como estão
no parar do tempo…
As palavras deste
silêncio
encerradas numa boca
de lábios selados
atropelam-se e
maltratam-se
no ímpeto de largar
em desfilada
tal corcel fogoso e
bravio
à procura do prado
universal
onde se espraiar.
As palavras gritantes
deste silêncio
martelam meu cérebro
dormente
prestes a explodir
à força da sua voz
tão silenciada de tão
contida…
De Maria La-Salete Sá
(20/04/1990 23:00h)
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