domingo, 29 de setembro de 2013

INADAPTADA



Parada no tempo sem tempo em que estou
questiono os porquês desta razão
sem resposta racional...
Não há quês nem senãos,
apenas o desejo da projeção
do meu espírito etéreo
sem barreiras, sem fronteiras, sem parâmetros dimensionais.
Agora sou maior do que o espaço universal
ou mais ínfima do que o infinitésimo do mínimo.
Sou o tudo e sou o nada.
Contraponho-me e contradigo-me
Na correria louca em busca do sonho…
Ele lá… eu aqui.
De nada me serve, pois, a grandeza ultra dimensional
nem a pequenez infinitesimal…
Ser o tudo ou ser o nada – razão irracional -,
utopia-contradição, vontade anulada,
(o tudo ou o nada??!...)
Não! Cercam- se-me as fileiras
dos meus cavalos alados,
grito-me bem de dentro
que apenas sou, sem tudo, sem nada,
mulher incongruente, mas consciente
duma vida inadaptada.


De Maria La-Salete Sá (22/07/1990  01:25h)

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