domingo, 29 de setembro de 2013

PERCURSOS…



Eu fui obra traçada do destino
e sou a linha constante da vida.
Fui escrava, algures, em tempo indeterminado,
açoitada pelas mãos e ordens do senhor poderoso.
Fui homem vil, duma tirania incontestável,
talvez lutando em prol da fé na Guerra Santa.
Combati homens como se foram feras,
tiranizei e reduzi a répteis
pessoas de bom coração.
Fui leal servidor, fui justiça e tirania,
fui homem e mulher
em tempos e locais ilimitados e inexplícitos.
Hoje sou mulher sem medo de fantasmas nem de dragões
a cumprir este carma atribulado
a que me impus.

De  Maria La-Salete Sá (12/12/1988)



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