Porque vives
eternamente camuflado
de bem casado
e bom cidadão?
Porque te temes mais
do que temes o que julgas temer?
Porque te consideras
superpotente,
se essa superpotência
não passa de uma
alienação de ti mesmo?
Porquê tanto pavor em
enfrentares a tua realidade?
Não vês que estás a
fragmentar a tua personalidade?
É altura de te
cimentares,
de criares as tuas
próprias estruturas
e os teus alicerces,
é hora de te olhares
e de te reconheceres,
de te interrogares
para saber
e compreender que já
é tempo de crescer.
Se olhares bem – e de
olhar bem atento –
para dentro de ti,
para a tua essência,
para a tua alma,
poderás descobrir em
quantos fragmentos te tornaste,
descobrir que o teu
embrião não cresceu por igual.
Vê o “tu” que está
adulto e o “tu” que se recusa a crescer,
Vê!
De Maria La-Salete Sá
( setembro de 1988)
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