sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Em tempos de "Mal amada"...



 Horas tardias, silêncios impostos,
solidão pungente nesta alma inerte
faz de mim a esquecida
desta existência agreste...,
a mulher vazia, casada e oca,
estéril de amor, de família fictícia,
espera (na utopia) o homem marido
casado com a noite.
Só a noite, boémia e escura,
lá fora o agita, lhe dá vida e prazer,
pois que na casa apenas coabita
esse marido tão longe de o ser...
Horas tardias de silêncios impostos
marcam meu rosto no desalento...
Mulher sozinha, casada com a sombra
e que na noite tão escura...
não sei se vai, não sei se vem,
não sei se é...
Só sei que o amanhã vai chegar,
outro dia sem ser,
outro dia de "fazer de conta"
que será dia de viver...

Mulher sozinha, casada-viúva
atormentada pela solidão pungente
em horas tardias de silêncios impostos.

De Maria La-Salete Sá (19/02/1989 02:37h)

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