Canta a sua melodia
Fazendo-me recordar
E chorar
Baixinho, só para mim,
A chuva daquele dia…
Chuva mansa
Vai caindo nos beirais,
Vai pingando de mansinho
Faz sentir
A ausência de um alguém
Pondo-me a chorar baixinho.
Chuva mansa
Caindo no meu telhado
Vem bater à minha porta
E lembrar
A alma desse amor
Que há longos meses está morta.
Chuva mansa
Beijando as flores da varanda
E refrescando a Natureza
Dá-lhes
Um aspeto mais airoso
E com muita mais beleza.
Chuva mansa
Vens depositar na terra
Os teus mais belos cristais
E lembrar
Que não deverei ficar
A chorar ainda mais…
De Maria La-Salete Sá
(1968/69)
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