Era o mar. Somente o mar,
Um oceano calmo e tranquilo (na aparência),
vigoroso e imponente (na realidade).
Somente o mar.
E nesse mar espraiado,
vestido de verde e dourado,
com grinaldas de brancas flores
desfolhando-se na areia,
abraçando as rochas e beijando as gentes
estava o Universo.
Era o mar. Somente o mar...
Pátio de cantigas onde brincavam nereides,
parque de sol onde se estendiam ondinas.
Somente o mar.
Um vaivém de sereias,
de musas,
de deuses...
Somente o mar...
O mar da Galileia. Sem tempo.
Cristo-criança cantava nas ondas,
Cristo-adulto andava nas águas.
E os Simões-Pedros ouviram as sereias
e sentiram o êxtase da pureza e da plenitude.
E pararam. E olharam. E amaram.
Amaram a Deus pela majestade e beleza,
pelo amor e pela grandeza,
amaram o mar pela imensidão e pela força,
amaram a terra, amaram os homens,
amaram tudo e todos...
... pelo Amor...
Era o mar. Somente o mar.
Mas esse mar - tão somente - era o Tudo,
era o Cosmos,
era Deus!
De Maria La-Salete Sá (Verão de 1992 ou 1993)
Sem comentários:
Enviar um comentário