sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PERIPÉCIAS DE UM DIA

Acordei melancólica, com preguiça... estava tão quentinha, tão aconchegada no miminho que não me apetecia levantar, mas lá teve que ser. Arranjei-me, tomei o pequeno almoço e pouco depois comecei a sentir-me enjoada. Pudera! Tantos desvarios alimentares puseram-me de “maus fígados”. Não que estivesse zangada, mal humorada, mas o fígado estava a reclamar, era o enjoo, era a dor de cabeça, era a sensação de frio... e há que atacar a maleita com o “milagroso Cholagutt”. O enjoo passou, as dores de cabeça também, chegou a hora de almoço mas não havia espaço no estômago para qualquer comida. Também isso não foi problema, houve almoço para o marido, eu estive presente, mesmo sem comer.
No início da tarde tive, como combinado, a visita do meu “menino”, um menino de 23 anos, mas que não deixa de ser um dos “meus meninos”, um dos muitos que me passaram pelas mãos como alunos, que ajudei a crescer e que também me ajudaram a não abandonar a criança que em mim habita. Foram quase duas horas bem passadas, em partilha, amor e emoção do reencontro. Que feliz me senti (e sinto) por rever um dos meus “rebentos” que começou a florir na inocência dos seis anos, numa turma algo problemática, e que nunca me desiludiu, apesar dos altos e baixos por que passam todos os aprendizes seja em que área for.  
Dezasseis horas e trinta minutos. Hora de despedir. Hora de preparar para ir ao cinema, como combinado com o marido.
E que tarde de chuva! Chuva intensa, certinha, forte! Mas, mesmo assim fomos ao cinema. Um filme intitulado “Around the shopping”, posso chamar-lhe uma “quase curta metragem”, pois durou cerca de 25 minutos. Foi um filme com pouca ação, sempre passado dentro do carro... pois vejam lá, entramos no parque de estacionamento, demos a volta completa e não havia um lugar vago, saímos para o parque exterior, era um caos. Conseguimos “entrar” numa das filas e... já o filme que queríamos ver tinha começado. Então ficamos pelo “Around the shopping”, pois foi o único que pudemos ver. Vinte e cinco minutos de “circuito dentro e em volta do shopping” e eis que o filme chega ao fim. Estávamos já na estrada de regresso a casa, sempre com chuva, mas rindo da “ideia luminosa” de pensarmos em cinema em vez de ficarmos em casa abrigados da chuva.


De Maria La-Salete Sá (27/12/2013)
 

 

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