quinta-feira, 13 de março de 2014

MORAS NA MINHA SAUDADE



Moras na minha saudade, invento por nascer,
cavalo alado do prado verde que não gerou lírios,
mas produziu sementes de corsas e gazelas...
sementes que o vento espalhou
pelas campinas onde nascem germânicos...
Moras na minha saudade, perfume inebriante,
que um dia entonteceu meus sentidos e sentimentos
e me deixou adormecida na nostalgia...
Foste o invento que projetei,
a força que alimentei,
o amor que gerei...
Foste o homem-miragem do meu coração deserto
que, tal como surgiu, desapareceu,
deixando
no oásis desta paixão
a saudade da ternura...,
a saudade do coração onde tu moras...
Foste o cavalo fogoso na liberdade do prado
e eu a gazela em busca dos lírios da paz...
e do nosso encontro-desencontro
fizemos campinas de gerânios...

Eras liberdade, meu cavalo alado,
tão liberdade que a liberdade levou,
mas...
... moras para sempre na minha saudade.


De Maria La-Salete Sá (07/03/1988  23:51h)

Sem comentários:

Enviar um comentário