terça-feira, 22 de abril de 2014

COMO O FUMO DO CIGARRO...

O fumo que se esvai do meu cigarro
é ténue...
e sobe... sobe..., assim como eu  desejara subir
livre, ao sabor do vento...
O fumo que se esvai do meu cigarro
leva o sabor da minha amargura,
da minha inquietação...,
leva parte dos meus nervos
e ajuda-me nesta espera...
O fumo que se esvai do meu cigarro
é o único companheiro que tenho...
... e me foge...

O fumo do meu cigarro sobe...
sobe e... logo desaparece...
O fumo do meu cigarro é livre...
Assim quisera eu ser... livre...
livre...
e voar ao sabor do vento...
E, se o vento estivesse de feição
levar-me-ia ao teu encontro, amor...

Mas... eu sei que virás,
sei que não tardarás...

Estou acorrentada ao tempo e ao espaço
deste compasso de espera, mas...
afinal sou livre,
tão livre como o fumo do meu cigarro...
tão livre que meu coração já voou,
já está contigo, feliz!

E a espera já não é dor,
já me vou, subindo e voando...
como o fumo do meu cigarro...
ao teu encontro...

Breve me terás contigo,
breve...

De Maria La-Salete Sá (01/03/1976)

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