Por
caminhos e carreiros,
Por
entre montes e ribeiros
Se
faziam os percursos
De
Guirela às cercanias…
De
chancas ou de socos,
De
chinelos ou de sapatos,
Ou
até de pés descalços
Não
havia perna manca
Em
dias de romarias!
Em
grupos de deslocavam,
Alegres
e prazenteiros
E
alegremente cantavam
Não
pensando sequer
Na
lonjura da jornada…
Já
que em dias de festa,
Havia
alegria e mais nada!
E
fora das romarias
Esses
carreiros de terra,
Tinham
gente a caminhar
E
nem o pó e nem as pedras,
Nem
as cobras no verão
Eram
impedimento no andar.
Esses
caminhos por pinhais,
Por
vales e por ribeiros,
Que
pena que hoje tenho
De
os saber quase perdidos…
Já
não me levam a Lázaro,
Nem
a Almançor ou a Balaído,
Porque
quase todos…escondidos
Ou
camuflados por matagais…
Ai
que saudades da altura
Em
que os percorria,
Eram
pérolas de infância,
Vivem
na minha lembrança,
Evocando
a nostalgia
De
hoje serem lonjura…
De Maria La-Salete Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário