Esta noite
tive um sonho que me deixou a pensar… e
deixou-me a pensar por dois motivos:
- Primeiro,
porque me lembrei nitidamente de parte dele bastante depois de acordar, quando,
se não escrevo mal acorde, pelo menos alguns tópicos, logo ele fica esquecido. E
o que aconteceu foi precisamente o contrário, quando acordei nem me lembrei do
sonho, nem sequer pensei se teria ou não sonhado. A sua memória veio já eu
estava acordada há, pelo menos, uns dez minutos!
- Segundo, a
memória chegou com tamanha precisão, toda ela, menos a pessoa de quem estava à
procura no sonho…
- Por
último (afinal ainda há um terceiro
motivo), se por um lado me deixa apreensiva e preocupada, razão porque tenho
necessidade de o escrever, por outo lado, a par com esta preocupação e
apreensão, há uma sensação de paz e de tranquilidade que me envolve e que não
consigo “enquadrar” no contexto do sonho… ou talvez até consiga! Esta
tranquilidade e paz esteve presente no sonho.
E agora aqui
fica o sonho:
Estava em S.
Pedro (Paraíso, Castelo de Paiva), na estrada junto à igreja. Eu ia para a igreja, talvez à missa, mas
muitas pessoas subiam a rampa em direção ao cemitério todas com ramos de
flores, tendo-me chamado a atenção um ramo de coroas de rei cor de fogo que uma
senhora levava (agora ao escrever parece que identifico esta senhora com a
Otília), ou seja, em vez de descerem os degraus que dão para o adro da igreja,
subiam, em direção contrária, para o cemitério. E era já a hora do ofício
religioso (talvez a missa). Embora intrigada pelo facto de tanta gente ir ao
cemitério em vez de ir à igreja, segui o meu caminho com o intuito de verificar
se (e onde, dentro da igreja) estava alguém (um familiar, que agora não consigo nem consegui) saber
quem… Verifiquei, entrando na porta lateral esquerda ( em relação ao
frontespício da igreja), mas não estava. Fui então á entrada, também não
estava, na outra entrada lateral, também não…
Não me lembro
de mais nada, sei apenas que fiquei apreensiva, mas não preocupada pelo facto
de não ver a pessoa que procurava. E agora, como que um flash de memória, veio
à minha mente o meu pai. Seria ele de quem eu andava à procura?
Qual a relação de não o encontrar com o cemitério?
Talvez a sensação de tranquilidade se deva ao facto de saber que, mesmo camufladamente, a certeza de que o meu pai (ou a pessoa que procurava) se encontrva bem e livre de qualquer perigo...
Texto publicado muito depois do acontecimento onírico, embora escrito na altura.
Maria La-Salete Sá
Qual a relação de não o encontrar com o cemitério?
Talvez a sensação de tranquilidade se deva ao facto de saber que, mesmo camufladamente, a certeza de que o meu pai (ou a pessoa que procurava) se encontrva bem e livre de qualquer perigo...
Texto publicado muito depois do acontecimento onírico, embora escrito na altura.
Maria La-Salete Sá
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