sexta-feira, 5 de maio de 2017

MEMÓRIAS DE UM SONHO (30/11/14)



Esta noite tive um sonho que me deixou a pensar…  e deixou-me a pensar por dois motivos:
- Primeiro, porque me lembrei nitidamente de parte dele bastante depois de acordar, quando, se não escrevo mal acorde, pelo menos alguns tópicos, logo ele fica esquecido. E o que aconteceu foi precisamente o contrário, quando acordei nem me lembrei do sonho, nem sequer pensei se teria ou não sonhado. A sua memória veio já eu estava acordada há, pelo menos, uns dez minutos!
- Segundo, a memória chegou com tamanha precisão, toda ela, menos a pessoa de quem estava à procura no sonho…
- Por último  (afinal ainda há um terceiro motivo), se por um lado me deixa apreensiva e preocupada, razão porque tenho necessidade de o escrever, por outo lado, a par com esta preocupação e apreensão, há uma sensação de paz e de tranquilidade que me envolve e que não consigo “enquadrar” no contexto do sonho… ou talvez até consiga! Esta tranquilidade e paz esteve presente no sonho.

E agora aqui fica o sonho:

Estava em S. Pedro  (Paraíso, Castelo de Paiva), na estrada junto à igreja. Eu ia para a igreja, talvez à missa, mas muitas pessoas subiam a rampa em direção ao cemitério todas com ramos de flores, tendo-me chamado a atenção um ramo de coroas de rei cor de fogo que uma senhora levava (agora ao escrever parece que identifico esta senhora com a Otília), ou seja, em vez de descerem os degraus que dão para o adro da igreja, subiam, em direção contrária, para o cemitério. E era já a hora do ofício religioso (talvez a missa). Embora intrigada pelo facto de tanta gente ir ao cemitério em vez de ir à igreja, segui o meu caminho com o intuito de  verificar se (e onde, dentro da igreja) estava alguém (um familiar, que agora não consigo nem consegui) saber quem… Verifiquei, entrando na porta lateral esquerda ( em relação ao frontespício da igreja), mas não estava. Fui então á entrada, também não estava, na outra entrada lateral, também não…

Não me lembro de mais nada, sei apenas que fiquei apreensiva, mas não preocupada pelo facto de não ver a pessoa que procurava. E agora, como que um flash de memória, veio à minha mente o meu pai. Seria ele de quem eu andava à procura?
Qual a relação de não o encontrar com o cemitério?

Talvez a sensação de tranquilidade se deva ao facto de saber que, mesmo camufladamente, a certeza de que o meu pai (ou a pessoa que procurava) se encontrva bem e livre de qualquer perigo...


Texto publicado muito depois do acontecimento onírico, embora escrito na altura.

Maria La-Salete Sá

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